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Dia Mundial das Zonas Húmidas

No passado dia 1 de fevereiro, a nossa escola associou-se mais uma vez à casa do parque de São Jorge na comemoração do Dia mundial das Zonas Húmidas. Desta feita, a turma de Turismo Ambiental e Rural do 1.º ano teve a oportunidade de visitar a Fajã dos Cubres, umas fas zonas RAMSAR de São Jorge e dos Açores. Com boa disposição à mistura, os formandos ficaram a conhecer melhor esta zona de São Jorge, escutando atentamente a explicação das técnica do parque, Dr. Marta Bettencourt.

Os nossos agradecimentos ao formador acompanhante, Marco Castanha e à Casa do Parque de São Jorge.

A 2 de Fevereiro comemora-se por todo o mundo o Dia Mundial das Zonas Húmidas, efeméride que evoca a criação, em 1971, da Convenção de Ramsar relativa à conservação e ao uso sustentável das zonas húmidas, de que Portugal é signatário.

Em 2018, a Convenção de Ramsar propõe o tema “Zonas Húmidas Urbanas tornam as cidades mais habitáveis”, com o objetivo de aumentar a consciência sobre o papel e o contributo das zonas húmidas para tornarem o ambiente das cidades sustentável, e envolver decisores políticos, urbanistas e cidadãos na conservação destas importantes áreas.

As cidades e as zonas húmidas têm uma longa história comum. As primeiras cidades surgiram nas férteis planícies fluviais dos rios Tigre e Eufrates, onde os povos ancestrais podiam praticar a agricultura, ter acesso à água e efectuar o transporte de bens. Actualmente metade da humanidade – cerca de 4 mil milhões de pessoas – vive em áreas urbanas e esta proporção pode atingir 66% em 2050. À medida que as cidades se expandem e necessitam de mais área, aumenta a tendência para invadir as zonas húmidas, que se degradam, sendo muitas vezes drenadas e aterradas para se construir sobre elas. Mas se deixadas intactas ou quando são recuperadas, as zonas húmidas urbanas tornam as cidades mais habitáveis.

As Zonas Húmidas Urbanas fornecem uma multiplicidade de benefícios aos habitantes das urbes. Melhoram a qualidade da água e do ar urbano, controlam as inundações resultantes da forte precipitação, constituem uma fonte de água potável e um meio de subsistência e promovem o bem-estar humano. As Zonas Húmidas são assim muito valiosas para o planeta e para o ser humano, devendo ser protegidas, restauradas e promovidas.

Em Portugal, muitas cidades e vilas nascerem e desenvolveram-se em torno de zonas húmidas, como sejam rios, pauis, sapais, rias, ou outras, beneficiando dos serviços que estas conferem. Localizadas em áreas urbanas ou na sua cercania, estas áreas terrestres inundadas de água, sazonal ou permanentemente, são denominadas Zonas Húmidas Urbanas pela Convenção de Ramsar. Algumas apresentam características ecológicas, socioculturais e/ou paisagísticas significativas à escala internacional, pelo que estão catalogadas como Sítios Ramsar (Zonas Húmidas de Importância Internacional). Os Sítios Ramsar “Estuário do Tejo”, “Paul do Boquilobo” e “Ria formosa” são três exemplos de Sítios Ramsar na vizinhança de urbes, respectivamente Alcochete, Golegã e Olhão. O “Paul da Praia da Vitória”, localizado dentro da cidade que lhe dá o nome, na Ilha Terceira/Açores, é outro exemplo de um Sítio Ramsar que é uma zona húmida urbana.

Mais de duas mil zonas húmidas por todo o mundo, nos 169 países contratantes da Convenção, estão atualmente catalogadas como Sítios RAMSAR. Portugal declarou, até ao momento, 31 Sítios Ramsar em território continental (dezoito) e no Arquipélago dos Açores (treze), desde que assinou a Convenção em 1980.

 

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